A Meditação do Amor

Qual o significado do amor em nossas vidas? Por que não conseguimos ser completos sem a experiência do amor? A Bíblia nos diz que "aquele que não ama não conhece a Deus; pois Deus é amor".

Sempre vivemos a experiência da paixão, nos aproximamos um pouco de Deus porque nos abrimos para outras dimensões de entrega e compreensão. Mudamos o foco da realidade concreta e embarcamos suavemente a uma realidade etérea, volátil, espiritual. Com o tempo, essa sensação de volatilidade vai cessando e os sentimentos se tornam mais concretos, mais de acordo com a realidade que vivemos. Tal qual a semente de uma flor rara, somos presenteados pelo Universo com a mais sublime oportunidade que o ser humano pode ter em suas mãos: a possibilidade do amor.

O momento que o amor mostra suas possibilidades, que a atração romântica mostra seu potencial amoroso, não temos garantia de nada - não sabemos se a semente vai secar ou florescer. Nosso coração lentamente se abre, carregado de certo medo e desconfiança, e com tanto receio e cuidado, parecemos carregar uma frágil, secular e valiosa obra de arte.

Todo cuidado é pouco com essa semente. É uma pena que a maioria de nós não se apercebe da grandeza e do valor desse momento. Há uma realidade espiritual por trás de todo encontro amoroso, que não conhecemos, não sabemos qual é. Pense sobre isso: qual a magia que existe no amor que nasce e cresce entre um homem e uma mulher? Qual o plano divino que existe por trás do encontro de duas pessoas desconhecidas, que sentem forte atração uma pela outra, em seguida se apaixonam e lentamente, uma vai entrando na vida da outra, se misturando à sua energia, participando e dividindo suas vidas?

O tempo, lentamente vai organizando os sentimentos, transformando dois desconhecidos em parceiros de vida, companheiros de jornada, e sem nos aperceber como tudo aconteceu nos pegamos olhando para uma pessoa que, de desconhecida passou a fazer parte da lista dos mais importantes de nossas vidas.

Amar é um exercício que devemos praticar diariamente. É uma experiência atemporal que nos abre à realidade de Deus, à realidade espiritual. Nossos corações se abrem sem medos e a entrega deve acontecer. Deepak Chopra nos diz, coberto de sabedoria, que existem quatro fases no amor romântico: a atração, o enamoramento, a corte e a intimidade. Na atração, escolhemos com a ajuda de nosso inconsciente a pessoa que queremos nos apaixonar. No enamoramento, desejamos loucamente o ser amado. Na corte, seduzimos a pessoa amada para fazê-la sentir o mesmo que sentimos. E finalmente, se a corte foi bem sucedida, começa a fase da intimidade. Nesse momento retornamos à vida real, e lentamente os véus vão se abrindo um a um e nos tornamos realidades concretas um para o outro.

Este é o momento exato do início do relacionamento. O ideal, é claro, é que essas fases se misturem durante toda convivência, pois só assim conseguimos manter a amabilidade e a delicadeza necessárias à perpetuação do amor romântico.